quinta-feira, 28 de novembro de 2013

LÁGRIMAS
sem emitir som
o rosto colado em algo
surge do canto do olho
inadvertidamente, um pingo de amor;
sob lentes, olhos transbordam,
o rosto encharcado
a respingar por toda parte e
compulsivamente, águas de louvor;
de noite, abraçados ou sozinhos,
abalados corações que apenas sobrevivem,
derramam impotentes gotas cristalinas,
redentoras lágrimas de dor.












nãomeescrevafalandodeamor


Eu preciso da caneta
antes de dormir,
à noite, eu preciso de você.
“Não me escreva falando de amor”,
disseram seus olhos
mas seu corpo disse “vem!”...
Agora eu preciso
do papel em branco,
da pele que cobre sua nudez,
da indecifrável pureza sua.


















pecado 
tem dias que tudo se despedaça se parte, se despede, parte, o horizonte aberto em queda livre , uma ladeira até seu coração no fundo do poço, um beco sem saída, coleção de farpas, calendário de dias íngremes, estreitos, úmidos; tem horas em que muito do que se estilhaça adentra, transpassa, fomenta a dor, o horror, o abandono, o pecado.




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