quarta-feira, 25 de novembro de 2009


t r ê s    m u l h e r e s

Sob seu arco-íris de duas cores
ela desenha seu devir,
brinca de esposa,
casa com o acaso,
“o amor é uma mariposa...”,
diz,
“que acaba ao conhecer a chama...”,
e se cala...
Pensa em quem a ama,
em suas dívidas,
em suas dúvidas...,
decide por não tê-las,
por cobrir o espelho
e olhar-se na face d’água.
Ela envolve sua beleza,
seu corpo, com uma anágua,
que somente às mães
lhes é concedida.
Sob seu arco-íris bicolor,
ela se detém para respirar
e admirar, para sentir
o vento em seu rosto,
a mão sem tempo para desenhar,
suas duas cores
a brilhar.

photo: Kiko Nazareth






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