quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Depois do sol se pôr


Você
Que me guiou pelas águas
Quando os faróis já não
Se avistavam,
Deu-me também
A imensidão
Que o mar ensina a conter.

Sou da cor da serração
Depois das nuvens róseas,
Depois do sol se pôr...

E você,
Que respira comigo
E pede que viva,
Ensinou-me: “quem lê as estrelas
nunca se perde ”...

Meu peito estufa de dor
Mas de uma dor deliciosa,
Que já quase
Ocupou seu vazio...

photo: Kiko Nazareth














O Vazio de Depois do Salto

: e outra vez, o bojador,
ai, meu coração de cristal, atirado ao ar,
meu coração voador, que em mares passei
toda minha vida, E em paragens,
evitei a morte, a última despedida,
mas não fugi da solidão, companheira solidão...

há dias, adormeceu minha amada sentinela, 
para sempre,
que em poças de lágrimas me banhei,
que em anos de saudade me despirei, 
da lembrança forrada e perfumada por ela,
da dor que não cessa, não cessa, e pergunto,
então o que é o bojador?
uma esquina distante? o vazio de depois do salto?

Prometo voltar... vou voltar, num futuro mais perfeito,
voltar ao leito...
photo: kiko nazareth







para onde quer que o destino nos leve


meu amigo, saiba,
toda despedida,
mesmo que breve,
é uma ferida,
uma invisível chaga,
que amamos ter...
            .

que o futuro lhe reserve,
uma longa e colorida jornada,
e, amigo, observe,
sua alma rara,
é também forte e destemida...
              .

para onde quer que o destino nos leve,
ainda que tarde o reencontro,
lembre bem, amigo,
estará comigo, para sempre,
seu amor pungente e pronto.























photo: kiko nazareth 

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