OUTONO
Pouco chovia no inverno
Sobre as casas tortas,
E o chão
Dilatava no desejo
Pelo sereno;
A argila, a lenha,
O feno,
No verão,
Choravam pelos homens.
De noite, a nata
Talhava o sono.
A solidão da primavera
Vinha molhando a rua,
A era, seu dono;
As águas afogavam as esperanças
E tudo se transformava
Em outono.
l
Nenhum comentário:
Postar um comentário
mensagens